Sete novas variantes do novo coronavírus estão em circulação no Estado do Espírito Santo, entre elas a B.1.1.7, descoberta no Reino Unido, e a P1, descoberta no Brasil.
Segundo o diretor do Laboratório Central (Lacen), Rodrigo Rodrigues,, a B.1.1.7 é a mais perigosa e também atinge jovens de até 30 anos o que provavelmente pode ter ligação com o aumento do número de mortes, além de novos casos de contagio e internações nos últimos dias no estado.
Foi encontrada, ainda, uma mutação dessa variante, chamada de Delta 69/70, ou SGTF, que tem uma maior carga viral para os infectados.
Há dois epicentros no estado da variante do Reino Unido, os municípios de Barra de São Francisco, no Norte, e Piúma, no litoral Sul. Porém, de acordo com o diretor do Lacen, isso não exclui a Região Metropolitana, que pode ter casos em circulação e os primeiros registros dela no Espírito Santo aconteceram entre os meses de novembro e dezembro de 2020.
Velocidade de transmissão
A velocidade de transmissão atual é a maior registrada desde o início da pandemia no estado, e pode ter ligação com a variante do Reino Unido aqui encontrada, concluiu o Lacen.
Para Rodrigues, fatores como a negação ao risco da doença, as interações sociais, a baixa cobertura vacinal, a relativização do uso de máscaras e o surgimento das novas variantes são o motivo desse novo pico de casos.
Isolamento social
O secretário Nésio Fernandes enfatizou que é necessário respeitar a violência atual da doença no país e que é preciso ter disciplina na proteção contra o vírus.
“É necessário que a população entenda que enquanto não houver cobertura vacinal acima de 80%, teremos que conviver com cotidiano diferenciado”, declarou o secretário. Temos pacientes internados na rede pública de famílias muito ricas, com condições de comprarem leitos. Não há leitos para todos e não haverá leitos se não houver controle da doença no estado”, alertou Nésio.
O diretor do Lacen alertou que as ações da população em respeitar a quarentena terão impacto entre os próximos 14 a 21 dias.
“Quanto antes adotarmos o protocolo, antes voltaremos à vida normal”, explicou o diretor do Lacen.
Fonte: G1
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