“Quanto mais pessoas se alimentando com produtos orgânicos, menos pessoas nas portas dos hospitais. Investir em produtos agroecológicos é investir em saúde de forma preventiva”
Antônio Carlos Machado – Diretor-presidente do Incaper
Evany Lira evanylira@tribunacapixaba.com.br
O diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado, e a equipe do Projeto HorizontES em Extensão estiveram, hoje (30), na feira agroecológica de Montanha, como observadores da produção agroecológica local e fazendo a divulgação do HorizontES em Extensão, programa pensado e criado para beneficiar a produção agroecológica.
Antônio Machado diz que através do “HorizontES em Extensão” a equipe do Incaper, Idaf, Ceasa, todas vinculadas à Seag, está em caravana pelo Estado para conhecer uma experiência da região, selecionada pelos técnicos do trabalho de campo, para disseminá-la pelo Estado inteiro. “Aqui, no Nordeste do Estado, a experiência selecionada foi a feira agroecológica, e aqui estamos”, disse.
Antônio Machado diz que a escolha sobre a feira agroecológica se deu pela importância que a produção de agroecológicos tem para o Estado, e de modo especial para os consumidores, que passam a ter à mesa um alimento de qualidade, que vai, além de alimentar, prevenir e proteger contra doenças. “Quanto mais pessoas se alimentando com produtos orgânicos, menos pessoas nas portas dos hospitais. Investir em produtos agroecológicos é investir em saúde de forma preventiva”, disse.
A gerente de Assistência Técnica e de Extensão Rural do Incaper e coordenadora do HorizontES em Extensão, Jaqueline Sanz diz que o projeto contempla 11 experiências de relevância rural e a Feira agroecológica do município de Montanha foi uma das atividades selecionadas pela relevância e trocar experiencias com os produtores.
Sanz disse que a produção agroecológica está recebendo a atenção do projeto em razão de sua importância. “A produção agroecológica é muito importante uma vez que se produz diminuindo o impacto negativo sobre o meio ambiente e pela produção de alimentos saudáveis para o ser humano, sem poluir o solo e a água, e sem expor o produtor aos perigos do contato com insumos que tanto mal fazem à saúde”, disse.
A pequena produtora rural e vice-presidente da APROFACC – Associação dos Produtores Familiares da Comunidade São Cristóvão, Manoelita Alves Peruchi, disse que a “produção de agroecológicos tem a força da mulher e do homem com uma vontade enorme de produzir alimentos, sem gerar mais doenças”. Manoelita Peruchi diz se sentir orgulhosa e feliz com o trabalho que faz junto com a família, que além de alimentar sua família, alimenta também dezenas de outras famílias com produtos de qualidade.
Fábio Morais, engenheiro agrônomo do Incaper – Escritório Local diz que os agricultores e agricultoras da agroecologia em Montanha estão fazendo a diferença, porque optaram por produzir alimentos mais saudáveis para o campo e para a cidade. Porque decidiram adotar um sistema de produção de alimentos que retira o agrotóxico da mesa do consumidor, mas também porque enriquecem o solo, preservam a água e criam vida no ambiente.
Fabio Morais disse que a meta para Montanha é ousada. “Em nosso planejamento, até 2023, temos como dever de casa, junto aos agricultores, criar um Organismo de Controle Social para dar maior garantia para o consumidor e para o agricultor de que o alimento é realmente saudável. Teremos 15 agricultores certificados por auditoria, o que lhes dará a expansão de canais de comercialização de seus produtos pelo Brasil à fora. Ampliar os canis de comercialização de agroecológicos dentro e fora do município e colocar o Norte do Espírito Santo no circuito de comercialização de produtos orgânicos, capacitar 200 famílias em produção agroecológica de alimentos para gerar mais conhecimento para produzir mais e com maior sustentabilidade”, disse, afirmando que embora sejam iniciativas pequenas, estão a gerar impactos positivos na vida de todos e todas, do campo e da cidade.
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