Dos 6 aos 16 anos, os estudantes são incentivados a ter e a praticar empatia. As aulas acontecem todos os dias, durante uma hora.
O World Happiness Report 2019, através de pesquisa produzida por especialistas de diferentes instituições, com apoio dos dados da consultoria Gallup e da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentou a Dinamarca como o segundo país mais feliz do mundo, atrás apenas da Finlândia, que ocupa o primeiro lugar.
Para chegar a este resultado, a instituição compilou dados de 156 países entre os anos de 2016 e 2018, e avaliou uma série de indicadores, como a expectativa de vida (considerando os anos em que uma pessoa se mantém saudável), o apoio social que as pessoas têm do governo, a confiança nas instituições públicas, a percepção de liberdade e a generosidade.
Além dos bons indicadores sociais e excelente qualidade de vida, o principal fator para que esta nação seja tão feliz encontrou resposta na educação. Desde 1993 as crianças têm aulas obrigatórias de empatia – a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e praticar a solidariedade em vez de desenvolver a competição.
Dos 6 aos 16 anos, os estudantes são incentivados a ter e a praticar empatia. As aulas do “Klassens tic” acontecem todos os dias, durante uma hora. E, os alunos são estimulados a conversar sobre seus problemas e sentimentos, sem tabus ou julgamentos.
O que é empatia?
Empatia é a capacidade de sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.
E empatia envolve três componentes na sala de aula: afetivo, cognitivo e reguladores de emoções. No componente afetivo, as crianças dinamarquesas aprendem a partilhar e a compreender o estado emocional de outros. E no cognitivo aprendem sobre a capacidade de deliberar sobre os estados mentais das outras pessoas.
Durante a aula, alunos conversam sobre seus problemas pessoais, sobre problemas com a escola etc. e a turma, junto com o professor, discute soluções para o problema.
Assim, o aluno tem a oportunidade de ser ouvido e de, respeitosamente, receber o incentivo de outros.
Não à competitividade
A escola dinamarquesa ensina a importância do trabalho em equipe, e 60% das tarefas são realizadas desta forma. Concentra-se no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades e talentos em detrimento da competitividade.
Segundo a professora e escritora dinamarquesa Iben Sandahl, a educação no país, indica uma sociedade humana e coesa, com sistemas estabelecidos para apoiar a todos. E, que por isto considera a educação como o segredo da felicidade na Dinamarca.
Felicidade no Brasil e na América Latina
O Brasil aparece em 32ª colocação no relatório World Happiness Report no nível de felicidade de sua população. A Costa Rica é o país que obteve a melhor pontuação entre os países da América Latina e está situado no 12º lugar.
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