“O Ginásio de esportes, prestes a ser inaugurado, nasce como uma obra 100% sustentável em geração de energia”.
André Sampaio – Ex-diretor do Ifes / Campus Montanha- ES
Evany Lira
Com um consumo de aproximadamente 250 mil reais/ano em energia, o Ifes/ Campus Montanha gerará, até final deste ano 94 % da energia consumida, com a instalação de energia solar fotovoltaica. E, segundo o ex-diretor André Sampaio, com pequeno esforço gerará em 2021, 100 % da energia consumida. Ainda segundo André, a geração da própria energia, vai possibilitar o direcionamento dos recursos até então destinados ao custeio com energia, para as áreas de ensino, pesquisa e extensão.
André Sampaio diz que desde o início do processo de construção do Campus / Montanha, sempre procurou fazer economia. E, explica que além de este já ser um estilo de vida seu, ele vinha do Campus de Nova Venécia, também implantado recentemente, e que apresentou bons resultados. Resultados estes que ele procurou maximizar no campus de Montanha. Desta busca por melhorar resultados, André diz ter chegado ao projeto de instalação da energia fotovoltaica.
Mas, André afirma que o projeto só se viabilizou em 2018, com a emenda parlamentar de 1.1 milhão de reais, destinada pelo então deputado federal Dr. Jorge Silva para a instalação da usina de geração energia solar, no Campus de São Mateus, para atender aos três campus: São Mateus, Nova Venécia e Montanha.
Para André Sampaio, a instalação da usina de energia solar no Ifes / Campus São Mateus, numa ação conjunta dos três campus, teve dois fortes objetivos: geração de energia limpa e sustentável e mostrar para a região do Norte do Espírito Santo que existia e existe uma fonte de energia solar, e que é possível produzi-la em um local e usar em outro local específico, principalmente, no serviço público.
André chama a atenção para o modelo de tecnologia usada pelo Ifes, com a geração de energia solar em São Mateus e o uso da energia ali produzida em Nova Venécia e Montanha.
Geração de energia in loco
Segundo André Sampaio, em 2020, o Senador Marcos Do Val destinou 2 milhões de reais para os campus do Ifes do Norte do Estado. Coube ao Campus de Montanha o valor de 500 mil. Com este valor, segundo André, foram compradas mais placas de energia solar, que serão instaladas sobre o telhado do prédio. “Estas placas vão aumentar a capacidade de geração de energia feita pala usina de São Mateus, aqui, in loco”, disse André.
Geração de 94 % da energia consumida – Ginásio de Esportes 100 % sustentável
O ex-diretor André Sampaio afirma que o ginásio de Esportes do Campus – prestes a ser inaugurado, “é uma obra 100% sustentável em energia” pois, a micro usina, instalada na frente do campus, gera energia que zera o consumo do ginásio.
André afirma que com a micro usina in loco e a usina compartilhada em São Mateus, até o final de 2020, o Ifes / Montanha gerará 94 % da energia consumida. E, que com pequeno esforço, em 2021 gerará 100 % da energia de seu uso. “Nós que temos um custo com energia hoje que gira em torno de 200 a 250 mil reais, vamos ficar apenas com pagamentos de taxas. E, este recurso será voltado para investimento em ensino, pesquisa e extensão”, disse André.
Investimento e educação
Para a atual diretora do Ifes / Montanha, Cláudia da Cunha Monte Oliveira, o investimento na geração de energia limpa além de gerar economia para o Campus, é uma ação educativa da qual os estudantes tiram algumas lições que levarão para a vida.
Cláudia conta que o Ifes estava vivendo um momento de racionamento de energia, que exigia algumas medidas, como o fracionamento do uso de ar condicionado, e que os estudantes acostumados com um ambiente climatizado, entenderam o valor do custo que o campus tinha com a energia e a necessidade do racionamento. “Eles viveram e sentiram na pele os esforços para administrar os recursos. Nossas salas não foram projetadas para ter ventilação natural; e eles mesmos propuseram assistir as aulas sem o uso do ar, sofrendo com o calor e sacrificando a aprendizagem. Eles estão glorificando esta conquista”, disse Cláudia Cunha.
.Para Cláudia Cunha esta é a maior lição que eles vão ter com a geração própria de energia através da energia solar: “A energia solar gera economia, conforto de um ambiente climatizado, direcionamento de mais recursos para ações que vão atender a outras solicitações deles para melhorar o ensino”, disse.
Perspectivas
Segundo André Sampaio a implantação de energia solar vem se ternando mais acessível, e afirma que as expectativas do Ifes é que mais pessoas – a população e empresários entendam que a energia solar é uma fonte de energia para 25 anos ou mais de geração. “Temos a pretensão de induzir o uso desta tecnologia por mais pessoas e com isto gerar empregos”, disse.
André disse também que o Ifes já oferece alguns cursos na área, como: instalação e manutenção de energia solar. “Após instaladas as placas, muito embora tenha um uso de 25 anos, demanda manutenção leve, como limpeza da placa e cuidados com os conectores”.
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