“Falavam que não queriam ficar na minha mãe, que não queria ficar lá, quando ia pra lá choravam e não queriam por causa dele, falavam o nome dele”, disse a mãe das meninas.
Ainda de acordo com a mãe, na última sexta-feira (22), apareceram caroços nas nádegas das crianças, que foram então levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina. No local, a mãe das crianças contou aos médicos o que se passava e foi orientada a ir na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“Doía muito, ela [uma das meninas] falava. Aí um médico falou que o comportamento estava estranho, [perguntou] quem residia na casa, aí eu falei. Foi o momento que ele falou para eu procurar os meus direitos, procurar o direito delas”, relatou a mãe.
A mãe disse também que, nesta terça (26), foi à igreja e quando voltou para casa e foi trocar as fraldas das crianças, as meninas choravam muito e reclamavam de dor nas partes íntimas. Neste momento, o suspeito teria saído do cômodo em que elas estavam com a cabeça baixa.
“É assustador porque sempre desconfiava, mas não tinha certeza. Mas quando eu cheguei eu vi uma reação muito estranha. O meu padrasto saiu correndo quando viu minha presença”, falou a mãe das gêmeas.
As gêmeas foram levadas para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde passaram por um exame de corpo de delito.
A Polícia Civil informou que o homem foi preso autuado duas vezes por estupro de vulnerável. O suspeito passou por exame de corpo de delito no DML e foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
O nome do preso não foi divulgado para expor as crianças.
O advogado do preso disse que “os fatos narrados no boletim unificado não ocorreram na forma descrita, sendo que o depoimento prestado pela genitora das vítimas em sede policial está maculado e tendencioso, com intuito meramente de prejudicar o acusado, por uma inimizade criada entre a genitora das vítimas e o acusado, pois o mesmo jamais praticou qualquer conjunção carnal ou outro ato libidinoso com as menores”.
O advogado Cleiton Ronai Fernandes Lino informou ainda que a inocência de seu cliente “será comprovada durante a instrução processual”.
Fonte: g1
Comente este post