Segundo a psicóloga Naira Delboni, ouvida pelo g1, o interesse das pessoas pela vida alheia em tempos de exposição nas redes é um comportamento legítimo, mas que tem suas consequências.
“Todo mundo gosta de uma fofoca. Não vou dizer que é saudável, mas a gente acaba falando do outro pegando aquele comportamento como exemplo. A gente não vive isolado e falar sobre pessoas, muitas vezes, é inevitável. Mas tem um outro lado da fofoca, que geralmente traz uma conotação negativa, especialmente quando a isso acaba sendo prejudicial para o outro e acaba também invadindo a privacidade da outra pessoa. Fica extremamente prejudicial quando acaba surgindo comentários extremamente desagradáveis, como foi essa situação”, falou a psicóloga.
Para a psicóloga, pessoas publicamente expostas, como artistas de grande expressão, podem estar mais acostumados com essa invasão da vida pessoal e às eventuais críticas, o que não costuma ser o caso dos anônimos.
O g1 conversou com a psicóloga para entender o que faz com que histórias de traição como a do relato feito por Guilherme Lemos, de 19 anos, que postou no Twitter a conversa que ouviu dentro de um ônibus em Vitória, e que atingiu grande repercussão e chegou até Lorrayne, a mulher traída.
A psicóloga Naira Delboni explica que “Uma traição já é dolorosa, é o sentimento de ser enganado, a decepção com outro. Então isso tudo já causa sofrimento, já causa uma dor. Então quando se é exposta de uma forma assim, imensa, extremamente aberta, isso pode trazer prejuízos para a questão emocional, no sentido de uma tristeza, uma depressão, pode desencadear uma crise de ansiedade até a crise de pânico”, disse a psicóloga.
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