Policiais federais realizaram, na manhã desta segunda-feira (18), uma operação que apura a produção, divulgação e transmissão de vídeos ou outros registros que contenham cenas de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes no Espírito Santo.
Segundo a Polícia Federal, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal, em Cariacica. Ninguém foi preso.
Ainda de acordo com a PF, o trabalho é decorrente de cooperação técnica-investigativa entre o Serviço de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia da Polícia Federal e o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC), que informa o órgão central de Brasília quando há indícios de criminosos atuando no Brasil.
A PF informou que a Operação Abutre inaugura um novo método de investigação que otimiza as buscas de indícios realizadas a partir das comunicações produzidas neste tipo cooperação internacional.
O objetivo da ação, além do cumprimento da medida judicial, é colher elementos de prova que identifiquem outros suspeitos envolvidos ou outros crimes ainda mais graves, como estupro de vulneráveis, seguido do seu registro, divulgação ou armazenamento de imagens. O nome do investigado não foi divulgado.
“Nós conseguimos comprovação do cometimento do crime, roupas que foram utilizadas em vídeos de abuso sexual infantil foram encontradas, provas robustas”, disse o superintendente da PF no Espírito Santo, Eugênio Ricas.
Segundo a PF, as investigações tiveram início a partir do uso de ferramentas e técnicas investigativas que permitem a coleta de informações na internet e a identificação de usuários que frequentemente compartilham, armazenam, produzem ou comercializam esse tipo de arquivo na rede.
O material apreendido será submetido à perícia técnica e a investigação terá foco na identificação de possíveis vítimas.
O nome da operação, de acordo com a PF, trata-se de uma alusão à má fama dessas aves, “que orbitam o sofrimento de outros seres enquanto buscam alimento, tal qual o comportamento dos predadores sexuais, que submetem suas vítimas e as mantêm em permanente estado de aniquilação emocional”.
O investigado poderá responder por produzir, transmitir e armazenar material pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Ainda, caso seja possível identificar vítimas, poderá responder por estupro de vulnerável.
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