Além da abertura com a presidente da Comissão Europeia e o presidente da CNI, a conferência contou com um painel de debate das prioridades, oportunidades e desafios para a parceria estratégica entre a União Europeia e o Brasil, principalmente diante da nova realidade geopolítica do mundo. Participaram da discussão a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri; a CEO da Bayer Brasil, Malu Nachreiner; e o vice-presidente global de relações institucionais da Embraer, José Serrador. O diálogo foi mediado por Creomar de Souza, CEO da Dharma Politics Risk and Strategy.
O Acordo Mercosul-UE também foi pauta no debate entre os painelistas. Constanza Negri enfatizou que a perda de relevância da indústria brasileira nos últimos anos foi significativa – o setor já representou 48% do PIB e hoje representa 24% -, e que este cenário pode ser revertido com a entrada em vigor do tratado entre os blocos econômicos.
“O acordo contribuirá para a diversificação do que vendemos internacionalmente e para quem vendemos. A oferta da UE cobre cerca de 91% do universo tarifário e das exportações brasileiras de 2022 ao bloco, e 90,6% de todos os produtos que vão entrar, de imediato, com tarifa zero na UE, correspondem a bens industriais. Esse ganho de acesso a mercados é fundamental quando consideramos, também, que a rede brasileira de acordos em vigor compreende 8% de todas as importações mundiais. Se o Acordo já estivesse em vigor, estimamos que o valor saltaria para 37%, alavancando a integração internacional da nossa economia”, explicou a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI.
Setores privados pedem conclusão do acordo
Em declaração conjunta divulgada na manhã desta segunda-feira (12), a CNI e a Confederação das Empresas Europeias (BusinessEurope) celebraram a aproximação que a agenda com a União Europeia promove e manifestaram apoio ao Acordo Mercosul-UE.
As instituições destacaram que, ao estabelecer uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, que cobriria quase um quarto da economia global e 31% das exportações mundiais de bens, o acordo proporcionará benefícios concretos para ambos os blocos, inclusive no sentido de atingir a neutralidade climática.
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