O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Caio Ribeiro anunciou em suas redes sociais na última sexta-feira (3) que está com câncer. Ele foi diagnosticado com um linfoma de Hodgkin, após descobrir um pequeno caroço na região do pescoço. Médica radioterapeuta, Lorraine Juri reforçou a importância de se descobrir a doença em estágio inicial.
“Eu fui diagnosticado com um linfoma, que se chama linfoma de Hodgkin. A boa notícia é que ele tem 95% de (chance de) cura e meu corpo está respondendo muito bem ao tratamento. Já estou na penúltima sessão de quimioterapia, estou forte, com a cabeça boa”, disse o comentarista, que tem 46 anos.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o linfoma ou doença de Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo responsáveis por produzir e amadurecer as células de defesa do organismo. Formado por vasos e gânglios, ele também drena e filtra o excesso de líquido do corpo.
“Os sintomas se manifestam com a presença de linfonodos, que se apresentam como caroços ou ínguas nas regiões do pescoço, axilas e virilha. A alteração costuma ser lenta e indolor. Dependendo de onde o câncer está localizado, o paciente pode ainda ter febre, perda de peso, fraqueza e aumento do volume do abdômen”, explica Lorraine Juri, médica do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
De acordo com a especialista, o diagnóstico do linfoma de Hodgkin é feito através de biópsia.
A médica explica ainda que a doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna e se multiplica de maneira descontrolada.
“Essas células malignas começam a produzir clones nos linfonodos e, com o passar do tempo, podem se disseminar para tecidos próximos. Se essas células não forem tratadas, podem atingir outras partes do corpo”, completa a especialista.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o linfoma de Hodgkin em dois grupos: linfoma de Hodgkin clássico e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular (5% dos casos).
Existe ainda o linfoma não-Hodgkin, mas segundo Lorraine Juri, embora os sintomas sejam semelhantes, eles são diferentes.
“A diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após a biópsia é possível fazer a diferenciação”, afirma.
Diagnóstico precoce
O Dia Mundial de Conscientização Sobre Linfomas é lembrado todo dia 15 de setembro, e Lorraine Juri reforça a importância do diagnóstico precoce.
“Quanto mais cedo a doença for descoberta, maiores as chances de cura. Ao perceber um caroço ou íngua no pescoço, na axila ou na virilha, desconfie. Procure um médico, investigue”, disse a médica.
Caio Ribeiro contou que descobriu o câncer bem no início, durante uma sessão de fisioterapia preventiva para o joelho. Segundo ele, a profissional que o acompanha observou que havia um caroço no pescoço dele durante um alongamento. “Fui até o hospital, fiz exames, punções e saiu o diagnóstico: linfoma de Hodgkin”.
Segundo Lorraine Juri, a quimioterapia e a radioterapia são as duas principais formas de tratar o linfoma de Hodgkin. O tratamento leva em conta fatores como idade da pessoa, estado clínico geral, tipo e localização do linfoma.
Este tipo de câncer pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais), de acordo com o Inca. Os homens têm maior propensão à doença do que as mulheres. No país, 2.640 novos casos são diagnosticados por ano.
Sobre o IRV
Fundado em 2005, o Instituto de Radioterapia Vitória (IRV) é a única clínica privada do Espírito Santo para o tratamento de câncer por meio deste serviço. Funciona nas dependências do Vitória Apart Hospital, na Serra, com tecnologia de ponta e equipe altamente qualificada que tem como filosofia de trabalho o acolhimento dos pacientes.
O IRV tem convênio com os maiores planos de saúde do Espírito Santo, como Unimed, Samp, São Bernardo, Bradesco Saúde, MedSênior, Pasa/Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Cassi (BB), Saúde Caixa, Banescaixa, Amil, entre outros.
Vera Caser Comunicação
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