Completou oito meses nesta terça-feira (16) desde a morte do ex-estudante do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Gabriel de Souza Araújo, de 21 anos. O corpo dele foi achado na tarde do dia 16 de janeiro deste ano, boiando no Rio Cricaré, em Nova Venécia, no Norte do Espírito Santo.
Nesta terça-feira (16), a Polícia Civil informou por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Nova Venécia, “que desde a morte diversas diligências foram produzidas inclusive quebra de telemática e sigilo telefônico da vítima, oitiva de diversas testemunhas. Até o momento não há indícios de morte violenta. O caso continua sendo investigado e, no final do Inquérito Policial, será produzido relatório em que constará todas as conclusões obtidas pela polícia judiciária”.
DETALHES DO OCORRIDO
A irmã de Gabriel, Debóra Araújo, contou que naquela madrugada ele estava desinquieto, fadigado e acordou várias vezes na noite. Disse que o jovem atendeu a uma ligação por volta de 1h da manhã de sábado (15/01), mas que não disse e nem citou o nome da pessoa com quem falava ao telefone. Por volta de 9h da manhã do dia 15 de janeiro, Gabriel foi visto pegando um ônibus circular no bairro São Cristóvão, em Nova Venécia. Desde então, ele sumiu e só foi encontrado um dia depois, morto, boiando, com sinais de agressão na cabeça, em meio ao rio que corta a cidade. Com o corpo, peritos recolheram o aparelho celular da vítima, que teve o sigilo quebrado.
O atestado de óbito emitido pelo médico legista plantonista no SML de Colatina datado do dia 17/01, apontou a causa da morte como asfixia por afogamento. Peritos que estiveram no local onde o corpo foi encontrado no dia 16/01, identificaram lesões provocadas por ação contundente na cabeça, que poderiam indicar agressões. A família, movimentos sociais e partidos políticos dos quais o jovem era militante, falaram desde o início em assassinato, e cobraram por Justiça. Na noite do dia 17/01.
Pressionada pela forte repercussão dos fatos, a Polícia Civil declarou que não ia se deixar levar pelo atestado de óbito (que apontou afogamento), e decidiu abrir inquérito para uma ampla investigação do caso.
Em sigilo, dois peritos ouvidos pela reportagem à época, contaram que se o jovem foi golpeado na cabeça e jogado ainda vivo ou ofegante dentro do rio, é natural que o legista aponte afogamento, pois nesse caso hipotético de possibilidade, ocorre a entrada de água nos pulmões – detectado pela necropsia. A irmã de Gabriel, disse que o menino não sabia nadar. O laudo do médico do SML, não mencionou as lesões encontradas no corpo pela perícia local, o que causou estranheza.
Comente este post